Não mais o mundo que me era estranho
pois nas entranhas das rochas
reconhecia
e recuperava a seiva perdida das
invernadas
dos tempos idos em que adormecida,
agonizava.
Na lida, semeava estrelas com
palavras, larvas...
Nos desajustes das linguagens do
vento
e desejava, tão intensivamente, ardentemente...
que nos subterrâneos da terra era
minha alma a tremular...
Não fora das correntezas que colhi
versos
Dos rios, aprendi seus reversos e
inventei novos verbos.
Dos muros e das sebes extrair raízes
delas acordei passaradas, alvoradas, janelas
aladas...
Sobre o tempo as flores e as mãos
uniram-se
nunca soube nomear o que sinto. Apenas
sinto.
e me derramo toda sob as noites e os
dias....
lua clara sob os rios, na relva, são
os lírios.
Por: Francisca Elizabeth Alexandre.