Entre em contato comigo:
Pelo Facebook:
https://www.facebook.com/allandeoliveira19/
Pelo Instagram:
https://www.instagram.com/canal_literatura_tv/
Após
os irmãos de Zeus serem vomitados por Khónos surgira uma guerra entre o exército
de Khrónos, composto pelos titãs, e o exército de Zeus, composto pelos seres que, futuramente, tornar-se-iam os deuses
do Olimpo. A guerra durou em torno de 10.000 anos.
A
morada de cada exército é no alto de uma montanha, e os novos deuses, os que
estão ao lado de Zeus, moram no Monte Olimpo, uma montanha que chega aos céus,
às nuvens.
Gaia
sugere a Zeus para ele libertar os Ciclopes e os Cem-Braços para uni-los ao seu
exército. Após atender ao pedido de Gaia, os prisioneiros se dispõem a ajudar a
Zeus, contanto que ele lhes dê o néctar da ambrosia, o fruto da imortalidade.
“Na verdade, o que caracteriza os
deuses do Olimpo é que, ao contrário dos animais que comem qualquer coisa, e
dos homens que vão se alimentar de pão, vinho e carne ritualmente sacrificada,
os deuses não se alimentam, ou melhor, eles absorvem um alimento de imortalidade,
que lhes dá vitalidade interior, a qual, ao contrário da dos homens, jamais se
esgota e desconhece o cansaço”.
(VERNANT, p. 33)
Feito
o trato entre os prisioneiros e Zeus, os ciclopes são ajudados por Gaia e eles
fabricam o raio para Zeus, a arma que o tornará “deus do trovão”.
“A vitória de Zeus não é só um modo de
vencer o adversário e pai Crono, é também uma maneira de recriar o mundo,
refazer um mundo ordenado a partir de um Caos, onde nada é visível, onde tudo é
desordem”. (VERNANT, p. 35)
Assim,
Crono é aprisionado no Tártaro onde permanece adormecido.
Os
Cem-Braços imobilizam os Titãs, sendo ajudados por Posêidon (deus dos mares)
que constrói muralhas enormes de bronze e os levam ao Tártaro, visto que os
Titãs por serem deuses primordiais não podem morrer jamais.
Com
isso, os Cem-Braços são nomeados guardiães fies de Zeus que guardam os Titãs.
Com
a vitória de Zeus, a deusa Estige, criadora do Rio Estige, o rio que corre pelo
Tártaro, passa a estar ao lado de Zeus, levando com ela seus dois filhos,
Krátos (que representa o poder de dominação e de imposição aos adversários) e
Bía (que representa a violência brutal) para também estarem ao lado do novo rei
dos deuses.
No
reinado de Zeus, ele dá privilégios aos deuses, coisa não feita antes por
Krónos, impondo hierarquias, ordenando e organizando o mundo.
Zeus
se casa, primeiramente, com Mêtis, a deusa da inteligência e da astúcia, e ela
está grávida de Atena, a deusa da guerra e da sabedoria.
Com
medo de ser destronado por um descendente, Zeus pede a Mêtis para se
transformar numa gota d’água, já que ela tem o poder para se transformar em
qualquer coisa, e engole-a. Feito isso, o próprio Zeus dá a luz a Atena às
margens do lago Tritonis (Líbia) em que a deusa nasce da cabeça do “deus do
trovão”.
Nesse
ínterim, Gaia se unira ao Tártaro e dá a luz a Tifoeu ou Tífon, um monstro
terrível, considerado a criatura mais alta e forte da terra, de olhos
flamejantes, com o corpo rodeado por serpentes, em que a cabeça alcançava as
estrelas e nas mãos não havia dedos, mas cem cabeças de dragões.
Tífon
vai em direção ao Monte Olimpo para atacar o rei dos deuses e transformar o
mundo num caos terrível. Mas, Zeus consegue vencer seu oponente, sendo ajudado
por Hermes, o deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, do
comércio; e por Egipã.
Os
gigantes foram jovens guerreiros rebeldes e simbolizavam a ordem militar contra
a ordem régia de Zeus. São filhos de Gaia, nasceram do sangue derramado de
Urano, e nasceram para lutar. A princípio lutaram entre eles mesmos e depois
contra os deuses.
Atena,
Apolo (deus do sol), Dionísio (deus do vinho e da aventura), Hera (esposa de
Zeus e deusa do casamento) Ártemis (deusa da caça) e Zeus não conseguiram
vencer os gigantes e Gaia os alerta que eles precisam de um mortal para
vencê-los. Esse mortal será Héracles (um semideus nascido da união de Zeus e de
uma mortal chamada Alcmene). Isso se junta ao plano astucioso de Zeus em dá aos
gigantes frutos efêmeros (da mortalidade) em que eles estavam à procura da
ambroisia que Gaia queriam que comessem.
Zeus
ordena o universo. Ao ordená-lo, ele afastou a noite (nýx) do Monte Olimpo
porque ela deu a luz a todas as forças do mal como a morte, o assassinato, a
carnificina, a desgraça, a fome, a velhice, a falsidade, etc. Assim, a noite só
acontecerá no mundo dos homens e esses males estarão lá. Essas foram as suas
precauções e ele pedira ajuda a Posêidon para construir uma muralha tripla de
bronze no Tártaro para deixá-la fechada, impedindo que os males subissem aos
céus.
Para
ordenar o Olimpo, Zeus está sempre vigilante, instituindo uma ordem jurídica e
política. Para as divindades faltosas é lhes dado como castigo o “grande sono”,
um coma muito longo que ao acordarem não terão mais direito ao néctar e a
ambrosia, ficando numa situação semelhante à dos Titãs e dos Gigantes, e são
expulsas do Monte Olimpo. Fato esse é o que acontecera com a Deusa Estige por
ela ter mentido.
(Continua)
REFERÊNCIAS:
KURY, Mário da Gama. Dicionário
de Mitologia Grega e Romana.
VERNANT, Jean-Pierre. O
universo, os deuses, os homens. São Paulo. Editora Schwarcz, 2008.
MITOLOGIA GREGA PARTE 1: A origem do universo:
MITOLOGIA GREGA PARTE 2: O nascimento
de Afrodite e o reinado de Khrónos:
MITOLOGIA GREGA PARTE 4: A cidade de
Mecona e a história de Prometeu:
MITOLOGIA GREGA PARTE 5: Pandora, a
primeira mulher do mundo:
MITOLOGIA GREGA PARTE 6: A Guerra de
Troia:
MITOLOGIA GREGA PARTE 7: A aventura de
Ulisses ou A Odisseia - Parte 1:
MITOLOGIA GREGA PARTE 8: A aventura de
Ulisses ou A Odisseia - Parte 2:
MITOLOGIA GREGA PARTE 9: A aventura de
Ulisses ou A Odisseia - Parte 3:
MITOLOGIA GREGA PARTE 10: A história de
Dionísio:
MITOLOGIA GREGA PARTE 11: A história e
a maldição de Édipo - Parte 1:
MITOLOGIA GREGA PARTE 12: A história e
a maldição de Édipo - Parte 2:
MITOLOGIA GREGA PARTE 13: A história e
a maldição de Édipo - Parte 3:
MITOLOGIA GREGA PARTE 14: A história de
Perseu: