Resumo de “A GUERRA DOS MUNDOS”, de H. G. Wells – Parte 3


 

Por: Allan de Oliveira.

Contato: allantbo@hotmail.com


O narrador-personagem e o padre seguiram para várias cidades, encontrando pessoas que não sabiam dar informações sobre esses acontecimentos e em cidades presenciaram pilhas de cadáveres e o fumo negro cobrindo tudo. Ao notarem a presença de marcianos, esconderam-se para depois quando a poeira baixou para depois se abrigarem em residências desabitadas e procurarem por mantimentos e utensílios.

 

“Nesse momento viu-se um clarão ofuscante de luz verde. Todas as coisas que se encontravam na cozinha pareceram claramente visíveis no verde e na escuridão, e sumiram-se de novo. Em seguida, ouvimos um estrondo, como eu jamais ouvira ou ouviria. Um momento depois, ouvi um baque atrás de mim, um ruído produzido pelo estilhaçar de vidros, um estampido e o estrondo provocado pelo desmoronamento da alvenaria, à nossa volta. A cal do teto caiu em cima de nós, desfazendo-se numa miríade de fragmentos por sobre as nossas cabeças. Bati com a cabeça no fogão e fiquei aturdido. Contou-me o cura que estive inconsciente durante muito tempo. Quando voltei a mim, estava de novo escuro, e ele, com o rosto molhado - descobri mais tarde que escorria sangue de um golpe na testa -, borrifava-me com água. Durante alguns momentos, não fui capaz de recordar o que tinha acontecido. Depois, gradualmente, tudo se tornou nítido. Uma contusão na testa afirmava-o por si.

(...)

“Ficámos tão silenciosos que mal ouvíamos a respiração um do outro. Tudo parecia mortalmente imóvel, salvo, em dado momento, qualquer coisa, um pedaço de estuque ou tijolo, que resvalou junto de nós com um som atroador. No exterior, muito perto, ouvia-se um ruído metálico intermitente”.

(...)

“A nossa situação era tão estranha e incompreensível que mal nos mexemos durante três ou quatro horas, até nascer o dia”. (WELLS, p. 129 e seg.)

 

O narrador-personagem olhava num buraco da parede a trituração de pessoas sendo feita pelos robôs gigantes e a casa foi soterrada por um dos cilindros dos marcianos e o padre acabou sendo ferido. O narrador-personagem e o padre temendo serem descobertos pelos marcianos, esconderam-se na cozinha da casa. Nesse local o padre estava meio enlouquecido e gastava em demasia os suprimentos de comida que brevemente acabariam. Assim, o narrador-personagem, às vezes, dava umas bofetadas no padre para ele voltar a si. Porém, a mesma atitude sem noção do padre se sucedeu nos dias seguintes:

 

“E, enquanto nos debatíamos com o desconhecido, sussurrávamos discussões obscuras, lutávamos pela comida e pela bebida, enquanto nos agarrávamos e esbofeteávamos”. (WELLS, p. 144)

 

Mas, o padre entrara em pânico e: “Descobriu-me um ponto fraco - ameaçou gritar e atrair os marcianos. Esta ameaça assustou-me durante algum tempo”. (WELLS, p. 150)

 

O padre continuou a gritar, enquanto o outro o segurava.

 

“Libertou-se da minha mão e tateei o cutelo de carne que estava pendurado. Segui-o imediatamente. O medo enfurecera-me. Alcancei-o antes que atravessasse metade da cozinha. Com uma última parcela de humanidade, peguei pela lâmina e bati-lhe com o cabo. Caiu de cabeça para baixo e ficou estendido no chão. Tropecei no corpo, arquejante. Continuou imóvel”. (WELLS, p. 151)

 

Nesse ínterim, um tentáculo metálico aparecera ao ter perfurado um buraco, enquanto o narrador-personagem estava apavorado. Verificou o local e levando carvão e comida.


Após a retirada do tentáculo, o narrador-personagem sentia sede, tendo de beber a água escura que saia da bomba d’água.

 

“No décimo quarto dia entrei na cozinha e fiquei surpreendido ao verificar que a folhagem das plantas vermelhas crescera através do buraco da parede, transformando a penumbra da sala numa obscuridade de tom carmesim”. (WELLS, p. 154)

 

O narrador-personagem passou 14 dias naquele cativeiro até resolver sair e fugir do local.

 

“Agora, tudo se resumia num amontoado de alvenaria em pedaços, argila e cascalho, sobre os quais se multiplicavam multidões de plantas vermelhas em forma de cactos, à altura do joelho, sem que alguma solitária planta terrestre lhes disputasse o terreno. À minha volta, as árvores estavam mortas e acastanhadas, mas para lá de uma rede de filamentos vermelhos erguiam-se troncos ainda vivos.

Todas as casas vizinhas tinham sido destruídas, mas nenhuma delas ardera; as paredes mantinham-se, por vezes até ao segundo andar, mas as janelas estavam despedaçadas e as portas esmigalhadas. As plantas vermelhas cresciam luxuriantemente nas suas salas destelhadas”. (WELLS, p. 155)

 

No caminho o narrador-personagem se escondera numa colina. Encontrou alguns legumes, comendo-os no mesmo instante que os colhia para saciar a fome sentida. Além de procurar restos de carne em ossos de animais mortos.

 

Notara uma vegetação vermelha plantada pelos robôs de Marte. Mas, essa vegetação não resistiu às bactérias da Terra.

 

Pelo caminho encontrou esqueletos de cadáveres e uma estalagem abandonada onde passara noite. Mas, ele desejava muito encontrar a sua esposa, porém, não tinha esperanças.

 

No dia seguinte, saiu dessa estalagem e no caminho encontrou um homem armado que o fez parar. Reconheceu o homem, era o artilheiro que estava em seu quintal dias atrás. Estava um tanto enlouquecido com ideias bastante pessimistas, afirmando que a raça humana e suas conquistas estavam com os dias contados. Após uma longa conversa foram ao esconderijo do artilheiro, um buraco, onde que futuramente serviria como uma comunidade subterrânea para os seres humanos sobreviventes. Após uma refeição acompanhada de champanhe, o artilheiro dormia e o narrador-personagem preocupado com a esposa, familiares e amigos decidiu seguir para Londres.

 

Na estrada que dava para Londres essa estava repleta de muita poeira negra e vários cadáveres: “Era uma cidade condenada e desamparada”. (WELLS, p. 180)

 

“Só me lembro de Portman Square - e, assim, desemboquei finalmente em Regent's Park. E, quando emergi no topo de Baker Street, vi ao longe, para lá das árvores, recortada na claridade do ocaso, a carcaça do gigantesco marciano do qual provinha este bramido. Eu não estava aterrorizado. Aproximei-me dele como se se tratasse de um fato natural. Fitei-o durante alguns momentos, mas não se moveu. Parecia estar a bramir, imóvel, por qualquer razão que eu não conseguia descobrir”. (WELLS, p. 182)

 

Caminhando mais um pouco ele vira mais dois dos gigantescos robôs marcianos caídos. E logo depois mais outro. Os marcianos estavam derrotados e a notícia correu pela Inglaterra e por Paris. As pessoas estavam felizes, retornavam a Londres, e comidas eram distribuídas para as pessoas.

 

O narrador-personagem retornara para casa e reencontrara a sua esposa e o seu primo. Entusiasmados com a derrota dos extraterrestres, e sem acreditar que cada um deles estavam vivos, sentiram-se felizes.

 

“E, espalhados por ali, alguns nas suas máquinas de guerra, viradas, outros nas manipuladoras agora rígidas, e uma dúzia deles enfileirados, rígidos e silenciosos, estavam os marcianos - mortos! - aniquilados pela bactéria da doença e da putrefação contra a qual os seus organismos não estavam preparados; aniquilados como o tinham sido as plantas vermelhas, depois de todos os engenhos humanos terem falhado, pelas coisas mais humildes que Deus, na sua sabedoria, colocou na Terra”. (WELLS, p. 185)

  

 

REFERÊNCIA:

 

WELLS, HG. A Guerra dos Mundos. Disponível em: http://portugues.free-ebooks.net/ebook/A-Guerra-dos-Mundos. Acesso em: 03 de maio de 2014.

 

 

LEIA O RESUMO DA PARTE 1 NESTE LINK:

https://bit.ly/3NMZYbv

 

LEIA O RESUMO DA PARTE 2 NESTE LINK:

https://bit.ly/3MMmW1f


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Escritor, pesquisador, blogueiro, e Youtuber que visa através deste blog a circulação de textos próprios, bem como o de pessoas amigas, no intuito de incentivar as artes que há dentro de cada um de nós, e também a divulgação de culturas em geral. Contato: contatoallandeoliveira@gmail.com

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