ASSIM






Quem não dorme não perde as auroras.
Quem não dói na dor do não-viver
não reconhece, ainda que encontre, o viver.

Dei pra linguajar com os açoites da noite.
Eles respondem em forma de lampejos.
Dei pra desobedecer as palavras bem (ditas)
Na oferta dos desejos amanhecidos.

Alvoroço, nasce-flor, beija-flor.
O mundo assim, como for, sem-flor
Só produz MEU SENHOR, MEU PASTOR, MINHA DOR.
SIM, SENHOR, CALA A BOCA, DEUS-AMOR.

Estou cansada dessas palavras que ordenham
vaca, pastos, misérias, crentes, gentes.
Estou cansada de vida sem (junção). Quero com (junção).
Nem aridez nem rigidez nem viagem sem mãos.

Por: Francisca Elizabeth Alexandre.



Literatura TV

Escritor, pesquisador, blogueiro, e Youtuber que visa através deste blog a circulação de textos próprios, bem como o de pessoas amigas, no intuito de incentivar as artes que há dentro de cada um de nós, e também a divulgação de culturas em geral. Contato: contatoallandeoliveira@gmail.com

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
As Mil e Uma Noites: Lições valiosas para a humanidade