Caminho de sol poente
Longe de tudo, perto de nada.
Terra árida, juazeiros, passaradas.
Fim de mundo esse.
Sempre me pergunto como vim aqui
parar.
O vento inventa uma cantiga
ou sou eu a inventar?
O pássaro lamenta-se
ou sou eu a lamentar-me?
Passa cerca, passa carro, passa gente
Passa seca, passa imagens, passa
enchente.
O tempo segue, sem tréguas, pra essa
gente
Que segue rente... em frente... incongruentes.
Estou ciente que minha alma já não
aguenta.
Passa tempo, passatempo, boi-tempo
Diariamente, todo o tempo que me
resta
nesta terra, não pode ser uma mísera
ideia.
Por: Francisca Elizabeth Alexandre.