CAMINHO DE SOL POENTE






Caminho de sol poente
Longe de tudo, perto de nada.
Terra árida, juazeiros, passaradas.
Fim de mundo esse.
Sempre me pergunto como vim aqui parar.

O vento inventa uma cantiga
ou sou eu a inventar?
O pássaro lamenta-se
ou sou eu a lamentar-me?

Passa cerca, passa carro, passa gente
Passa seca, passa imagens, passa enchente.
O tempo segue, sem tréguas, pra essa gente
Que segue rente... em frente... incongruentes.

Estou ciente que minha alma já não aguenta.
Passa tempo, passatempo, boi-tempo
Diariamente, todo o tempo que me resta
nesta terra, não pode ser uma mísera ideia.

Por: Francisca Elizabeth Alexandre.


Literatura TV

Escritor, pesquisador, blogueiro, e Youtuber que visa através deste blog a circulação de textos próprios, bem como o de pessoas amigas, no intuito de incentivar as artes que há dentro de cada um de nós, e também a divulgação de culturas em geral. Contato: contatoallandeoliveira@gmail.com

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