Foi no gesto
de tecer palavras
que reinventei
uma linguagem
para na complexa loucura
do mundo
reconhecer-me
em meus próprios abismos
Onde hoje
minha sombra descansa!
Quantos percursos insanos
nas madrugadas
onde a alma se alonga
transgressora de si mesma!
Viver é transgredir!
Se chego a pássaro já é um ato de
insanidade!
No cingir da palavra
o tempo em teia
vai se excedendo
escorrendo
como uma ardente tarde
sob as calçadas
de uma cidade
desse imenso
e solitário sertão.
Por: Francisca Elizabeth Alexandre.