Foi aqui
dos abismos
poço profundo
fim do mundo
que colhi
lentamente
a poesia
intensa mente
dos subterrâneos
da meta física
das pedras
com que
fui tecendo
dias e noites
da fundura
da lonjura
da interface
dos passos
longínquos rastros
de asas
cortadas....
Foi assim
por dentro
descendo
cheias
correntes
torrenciais
como um rio
uma artéria
sangue
em prelúdio
escorrendo
fundo
sob muros
sob sebes
no clarão
da lua
na rua
rompendo
auroras.
Por: Francisca Elizabeth Alexandre.