Análise de “As crônicas de Nárnia”

 

Por: Allan de Oliveira.

contatoallandeoliveira@gmail.com

 

Introdução

 

O presente texto foi baseado no filme As Crônicas de Nárnia: O leão, a feiticeira, e o guarda-roupas, lançado em 2005, estrelado por Georgie Henley, Anna Popplewell, Skandar Keynes, William Moseley e dirigido por Andrew Adamson.

 

O filme conta sobre 4 irmãos: Lúcia, Suzana, Pedro, e Edmundo. Eles fogem do local onde moram por se tratar do período da 2ª Guerra Mundial e vão morar na propriedade rural de um professor misterioso.

 

Os irmãos costumavam brincar de “esconde-esconde” e num certo dia descobrem um guarda-roupa mágico com a capacidade de transportá-los ao mundo mágico de Nárnia. Mundo esse habitado por seres mitológicos como centauros, minotauros, gigantes, animais falantes, faunos, e muitos outros habitantes estranhos.

 

Esse mundo passou a ser governando pela Feiticeira Branca chamada de Jadis e ela amaldiçoou o lugar por meio de um inverno eterno, proibindo também as comemorações natalinas porque essas são referentes ao nascimento do leão Aslan, o verdadeiro rei de Nárnia, e implantando uma ditadura nesse mundo.

 

Com isso, os quatro irmãos são orientados pelo leão Aslam e eles decidem ajudar na luta para a libertação do mundo de Nárnia.

 

Então, caro leitor, o presente texto foi baseado no 1º filme de As Crônicas de Nárnia e não nos livros de C. S. Lewis. Sendo assim, abaixo segue algumas análises a respeito desse filme.

 

Análise

 


01. Influência em Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol e de denúncia de

 

Nota-se uma ideia baseada em Alice no País das Maravilhas quando a menina Lúcia Pevensie entra no guarda-roupas que dá acesso a outro mundo. Tal como Alice faz na toca do coelho.

 

A Feiticeira Branca chamada Jadis, se auto-intitula a rainha de Nárnia, provavelmente, uma alusão à Rainha Branca de Alice no País dos Espelhos ou até mesmo à Rainha Vermelha de Alice no País das Maravilhas, ambos livros consagrados do escritor Lewis Carroll.

 

Outra alusão ao clássico Alice no País das Maravilhas ocorre quando o fauno Tumnus leva Lúcia para a casa dele para tomar chá, essa cena lembra a do Chapeleiro da obra de Lewis Carroll.

 

02. Alucinações

 

Quando Lúcia está tomando chá na casa do fauno Tumnus, este toca flauta, e a menina está olhando a lareira e vê labaredas de fogo se tornarem outras imagens. De acordo com o meu entendimento, considerei essa cena como alucinações provocadas pelo chá que a meu ver deve se tratar de alucinógeno.

 

Outra alucinação mostrada é o fato dos 4 irmãos permanecerem por muito tempo em Nárnia e após a batalha final eles se tornam reis, crescem e, quando retornam à Terra através do guarda-roupas os garotos voltam a ser crianças.

 

03. Influência em Robin Hood

 

O leão Aslam é o verdadeiro rei de Nárnia. Ou seja, o rei das selvas. Mas, além disso, há também uma alusão ao rei Ricardo Coração de Leão. Isso porque Aslam fica desaparecido por 100 anos e quem governa Nárnia é a Feiticeira Branca. Ou seja, uma história um pouco semelhante ao rei Ricardo Coração de Leão, mencionado nas histórias de Robin Hood, que estava afastado por um tempo da Inglaterra por está lutando nas Cruzadas no Oriente Médio. E quem governava no lugar do rei era o Xerife de Nothingham.

 

04. Islamismo

 

Apesar de C. S. Lewis ter sido um ateu convertido no Cristianismo, no filme é mostrado que os habitantes de Nárnia se referem aos humanos como "filhos de Adão", uma alusão ao Islamismo. Isso porque nessa religião, os seres humanos são chamados de “filhos de Adão” e não “filhos de Deus”, como usado no Cristianismo. Esse termo “filhos de Adão” é usado no Islamismo porque Allah (Deus em árabe) é o criador de todas as coias e não um pai. Porque para ser um pai seria necessária a intervenção de uma mulher. Já um criador exerce um papel de um fabricante.

 

05. Sedução pedófila

 

Quando Edmundo entra no mundo de Nárnia e conhece a Feiticeira Branca, esta faz alguns feitiços e Edmundo pergunta se seria possível ela deixá-lo mais alto. A feiticeira reponde ser capaz de poder fazer tudo, mas tudo que se possa comer e ainda o chama de "querido".

 

Já no 3º filme, "A viagem do peregrino da alvorada", A Feiticeira Branca diz a Edmundo: “- Eu faço de você um homem. Faço de você um rei”.

 

Portanto, acredito que para um bom entendedor, meia palavra já basta.

 

06. Outros

 

Em Nárnia as árvores podem ouvir as conversas e repassar para o rei Aslam. Na minha opinião, trata-se de uma alusão ao jargão “os olhos e ouvidos do rei”.

 

Além disso, nos dois mundos existem os seus problemas: a Terra com a 2ª Guerra Mundial e Nárnia com um longo inverno de 100 anos. Os 4 irmãos fogem da 2ª Guerra na Terra, mas acabam entrando em outra guerra no mundo de Nárnia, como mostrado nas cenas finais do filme.

 

Literatura TV

Escritor, pesquisador, blogueiro, e Youtuber que visa através deste blog a circulação de textos próprios, bem como o de pessoas amigas, no intuito de incentivar as artes que há dentro de cada um de nós, e também a divulgação de culturas em geral. Contato: contatoallandeoliveira@gmail.com

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