Por: Allan de Oliveira.
Contato: allantbo@hotmail.com
O Romance A
Guerra dos Mundos, de HG Wells foi publicado, primeiramente, em capítulos
na revista Pearson's Magazine em 1897, e lançado em livro em 1898, sendo
considerado o pioneiro sobre invasões marcianas. É uma obra literária muito
importante da ficção-científica que também ficou conhecida por causa de algumas
adaptações cinematográficas, como o filme Guerra
dos Mundos de 1953, e a versão de 2005, estrelada por Tom Cruise.
A história se passa em Londres do início do séc. XX,
começando com astrônomos que estão no Observatório de Ottershaw observando o
Planeta Marte. Nesse observatório está o narrador personagem, um escritor
renomado que não é identificado, mas que a meu vê, trata-se do próprio H. G,
Wells, que foi convidado para uma visita ao observatório. É nesse momento que os
astrônomos presenciam a chegada de cilindros metálicos ao Planeta Terra.
“O impacto do projétil abrira um enorme buraco e a
areia e o cascalho tinham sido arremessados com violência em todas as direções,
por cima da urze, formando montes visíveis a milha e meia de distância.
(...)
A Coisa estava quase inteiramente enterrada na
areia, entre as lascas dispersas de um pinheiro que se despedaçara em
fragmentos ao cair. A parte a descoberto tinha a aparência de um enorme
cilindro, de contornos duros, suavizados por uma espessa incrustação escamosa
de cor mate. Tinha cerca de trinta metros de diâmetro”. (WELLS, p. 10)
O personagem Ogilvy, um dos astrônomos do observatório de Ottershaw, ao
ver o cilindro metálico, nota que esse fazia ruídos. Ogilvy tentou abri-lo, por
pensar que o alienígena estaria morrendo queimando. Mas, fora em vão. Procurou
por ajuda, mas não encontrou. Assim ele encontrara o seu amigo, o jornalista
Henderson, contando-lhe o fato e ao retornar ao local onde se encontrava o
cilindro, juntamente com Henderson, eles foram à cidade para noticiar o fato
num jornal.
Horas depois, o terreno onde estava o cilindro
passava a ser rodeado por curiosos que se multiplicam numa multidão. E quando o
cilindro se abrira, viram um marciano com uma aparência horrenda.
“Senti bruscamente um arrepio. Ouviu-se o guincho
agudo de uma mulher atrás de mim. Voltei-me para trás, de olhos ainda fixos no
cilindro do qual saíam outros tentáculos, e comecei a abrir caminho para me
afastar da beira do fosso. Vi o espanto dar lugar ao horror nos rostos das
pessoas que me cercavam. Ouvia exclamações sem nexo provindas de todos os
lados. Assistia-se a um movimento geral de recuo”. (WELLS, p. 19)
Com o aparecimento do marciano, o narrador-personagem
e a multidão correra apavorados.
“Em seguida relâmpagos de chama real, um clarão
brilhante pulando de um para outro, brotaram do grupo disperso de homens. Era
como se um jato invisível colidisse com eles e os transformasse de súbito em
chamas brancas. Como se cada homem se incendiasse brusca e momentaneamente.
Depois, à luz da sua própria destruição, vi-os a
cambalear e a cair e os seus acompanhantes voltaram-se e começaram a correr.
Fiquei pasmado, sem compreender que isto
significava a morte pulando de homem para homem naquela pequena multidão, ao
longe. Apenas sentia que se tratava de alguma coisa muito estranha. Um
relâmpago quase silencioso e ofuscante e um homem caiu e ficou imóvel e, quando
o raio invisível de calor passou por eles, os pinheiros começaram a arder e
todos os arbustos secos de tojo tornaram-se, com um ruído surdo, numa massa em
chamas”. (WELLS, p.
24)
Após isso, outro cilindro caíra na cidade de
Woking.
“Nessa noite, cerca de quarenta pessoas jaziam à
luz das estrelas, perto do fosso, de tal modo carbonizadas e distorcidas que se
tornava impossível reconhecê-las. Durante toda a noite, o baldio entre Horsell
e Maybury ficou deserto e mergulhado em chamas brilhantes”. (WELLS, p. 26)
A polícia procurava manter as pessoas longe do
local, mas os alienígenas continuavam com o massacre, enquanto o narrador-personagem
fugira para chegar a sua casa para contar à sua esposa o que se passara. Nesse
ínterim, um clarão era visto em Horsell e corpos estavam carbonizados. Soldados
chegaram às cidades de Horsell e Chobham, e mais outro cilindro caíra na Terra.
Nesses dias as pessoas comentavam o ocorrido. O
exército impedira a circulação de pessoas nos locais onde estavam os cilindros
e obrigaram as pessoas de Horsell a fecharem as portas das suas casas e
abandoná-las. Depois disso as tropas em Chobham atacaram a nave, sem conseguir
conter os invasores.
O narrador-personagem foge com a esposa em um
cabriolé (emprestado por um estalajadeiro) para uma cidade vizinha, Leatherhead,
onde tinha parentes, enquanto outras pessoas fugiam a pé ou a cavalo.
“[...] através do ar quente e calmo, ouvimos o
zumbido de uma metralhadora, em breve emudecida, e o ruído intermitente da
descarga de espingardas. Aparentemente, os marcianos incendiavam tudo o que se
encontrava ao alcance do Raio da Morte”. (WELLS, p.
43)
(continua)
Fontes de pesquisas:
Livro Guerra dos Mundos |
Wikipédia |
LEIA O RESUMO DA PARTE 2 NESTE LINK:
LEIA O RESUMO DA PARTE 3 NESTE LINK:
Parabéns Allan e muito boa a escolha. Adoro esse tema e os filmes também... HG Wells foi um visionário.
ResponderExcluirObrigado por seu feedback. Também gosto do tema.
Excluir